O andar na rua tranquilo, o passar a mão no rosto, o respirar, o abraçar, coisas que parecem não fazer muito sentido em uma sequência, fazem todo sentindo hoje, fazem toda falta agora.
Hoje tive notícias sobre mortes de pessoas que conhecia, fiquei refletindo que esse momento chegaria em alguma hora, mas não queria que chegasse. A gente nunca quer. E sabe o que mais dói? Olhar ao redor, entre as lágrimas daqueles que choram as perdas do que se vão tão cedo e ver a dubiedade das brincadeiras, da falta de seriedade de outros que parecem não enxergar a situação. Então, aí entra a pergunta, o que restou da humanidade? Daqueles que ainda insistem em dizer que tudo isso é só uma gripezinha. Daqueles que ainda persistem em rir da dor do outro, enquanto muitos dizem seu adeus cronometrados, pois o tempo de despedida não é suficiente pra se despedir dos que partem por essa doença.
E depois que tudo passar, quando passar, o que restará da humanidade? Você consegue se responder isso?