quarta-feira, 17 de junho de 2020

Resenha: Vozes guardadas - Elisa Lucinda

Oi, beautymores. 
https://drive.google.com/uc?export=view&id=1PYE7lqP4iHAOqqwXNqtyIv1dv2VhVP7m

Confesso que cada dia é mais difícil escolher uma leitura para resenhar aqui, sempre fico muito confusa, são tantas opções haha. Mas hoje resolvi escolher um livro de poesia. De uma poetisa, atriz, jornalista, cantora maravilhosa, a Elisa Lucinda. Ela inclusive escreveu o milionário dos sonhos com Emicida, conhecem? Para não perder o costume de indicar o link para vocês, como não tem podcast hoje, vou colocar no final da resenha o link do vídeo de Lucinda e Emicida. E sem mais delongas, vamos para o nome do livro: Vozes guardadas, da editora Record. 

Sobre o livro, é o resultado de onze anos de trabalho, ela juntou diversos poemas, mais especificamente, juntou dois de seus livros: Jardim de CartasO livro dos desejos. Com as mais diversas temáticas, ela fala sobre amor, raça, autoestima, estação do ano, desejo, enfim, são muitos temas mesmo. E a leitura é muito fluída, a Elisa tem esse poder de pegar as palavras e fazer um arranjo e proporcionar as viagens mais loucas para nós leitores, e convenhamos, em tempos de isolamento precisamos de coisas que nos permita viajar, principalmente em viagens que provoquem afetos tão positivos como a maioria dos poemas desse livro. 

E por fim, vou separar aqui alguns trechinhos para vocês para aguçar a curiosidade pelo livro (acho que não é spoiler porque não se tem spoiler de poesia né?). 

Vou começar pelo o poema que me despertou o desejo de ler o livro: 

“Se não gostar mais de mim

não me responda nada

não me diga nada

não quero que fiquem gravadas

as palavras do não querer se não gostar mim

ninguém precisa saber

nem eu.

Se não gostar de mim seja breve seja zen

silêncio de ioga e Sidartha.

Mas se ainda sonhar comigo, por favor, meu amor,

devolva essa carta.”

Depois que terminei esse poema, fiquei refletindo quantas e quantas palavras de não querer a gente guarda hein? 

 

“Queria não saber nada de Aritmética para não contar os dias que não te vejo. Errar na conta do que falta para você chegar. Enquanto você não vem a aflição me inquieta enquanto o medo me quer estática. Cresci achando que as horas esperadas da vida não tinham nada a ver com a Matemática!

 

“Por mim, pelo gume de minha palavra alta e rouca não se sobreporão fascistas, nazistas, racistas, separatistas qualquer ista, qualquer um que me tente calar, amordaçar minha boca. Não mais haverá prisões, ó grande nave louca, para a minha palavra solta!

“Saudade imensa de tua companhia. Drummond ensinou que a saudade é excesso de presença. Então é isso: tua ausência está presente em mim, tua falta ainda anda comigo pra lá e pra cá. Como se você não tivesse partido. Como se ainda fosse voltar.

 

Poderia citar mais milhares das poesias que tem nesse livro maravilhoso, são 515 páginas! Mas é isso, que as palavras de Elisa provoquem em vocês os mesmos sentimentos positivos que provocaram em mim. Seja falando de amor, saudades, safadezas (sim, tem uns poemas bem safadinhos no meio), cotidiano e dores, a autora consegue provocar as melhores viagens.

 

Link do dia: https://www.youtube.com/watch?v=vgdnbRg92n0


Beijos e até a próxima semana,


Nathypinto. 

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