terça-feira, 28 de julho de 2020

Resenha: I may destroy you - série HBO

Oi, beautymores! Tudo bem? 

Estamos chegando já já na minha participação de número 10 nesse espaço! Que feliz eu tô! Sim, ás vezes eu acho super válido comemorar coisinhas pequenas. 
Fiquei feliz quando completamos um mês  e estamos aqui passando da marca de dois meses e tudo isso em meio a uma PANDEMIA MUNDIAL, então sim, estou elevando este marco com vocês aqui neste espaço a uma celebração. Então parabéns para a gente, obrigada para a dona desse espaço a 
 BahG por permitir eu ficar aqui falando e falando sozinha, ou melhor, com vocês! 
Passado esse momento sentimental, vamos para a resenha da semana. 
Andei revendo aqui: e já foi música, poesia, livro, podcast mas ainda não indiquei nenhuma série, sejamos honestas esse formato também faz super parte da nossa vida, então pensando em tapar esse buraco, vou falar aqui com vocês de uma série MARAVILHOSAAAAA, e uma das minhas queridinhas nos últimos meses, o nome dela é : I may destroy you. 

https://drive.google.com/uc?export=view&id=1jUg-IcqBPjNvxmciOit9fg_JHztHfhA5

É uma série da HBO, produzida e estrelada pela a perfeita  Michaela Coel, que na série vive a jovem escritora  Arabella que mora em Londres. Essa série tem discussões maravilhosas. Inicialmente, fala sobre a vida da escritora, que bom não era esta a sua escolha de carreira mas que após o sucesso 
de alguns de seus contos no twitter, acabou fechando um contrato com uma editora,  porém, de longe a série se trata disto, os temas principais, envolvem mistério, violência de gênero, sexo, drogas, racismo, estupro e sobre esta última temática, falar de consentimento no mainstream como esta obra audiovisual fala é extremamente necessário. 
Os episódios são curtinhos, na faixa de uns 30 minutos, passa tão rápido que fico até triste. Como eu disse a série aborda diversas temáticas mas o eixo principal gira em torno de Arabella e de seus amigos, mais especificamente dois bem próximos- pensando em como continuar esta resenha sem adentrar nos spoilers- e que tem em média a mesma faixa etária, uns 30 anos, no decorrer dos episódios, percebemos como eles lidam com a questão da cobrança por carreira, dinheiro, saúde mental, em ter relacionamentos mais saudáveis. Da relação de todos eles  entre si e com sexo e bebida e como eu já mencionei fala bastante também sobre as nuances do consentimento, principalmente neste mundo em que vivemos que apesar de estarmos em 2020 e ter tanta informação e facilidade de acesso ainda não conseguimos ver estas temáticas tratadas de maneira tão compromissada em séries, filmes e afins... 
Apesar de uma temática "espinhosa" é uma série que consegue ser leve e que nos deixa presa a esse ciclo de amigos. 
Vou deixar aqui o link com o trailer para vocês, espero que gostem! Vale muito a pena ver  viu? É um momento que também nos faz revisitar algumas relações e perceber a forma como pessoas lidam com traumas de maneiras bem distintas, enfim, meu povo, assistam e depois vamos trocar figurinhas. 
Link: 

Cheirooo, 

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Resenha: Vibrante - Camila Barbalho e Lívia Mendes - música

Oi, beautymores! Tudo bem? 

Como eu já contei para vocês, sempre fico em dúvidas sobre o que falar com vocês e tenho que fazer uma confissão, na última semana não fui uma leitora tão assídua assim. E olha que como disse semana passada, comecei um projeto de vida quando resolvi ler Longe da árvore, ainda estou bem longe de concluir esse desafio ahahah 
E apesar de ter lido vários livros esse ano que ainda não indiquei aqui, queria ser bem transparente e dizer que pensei em algo diferente essa semana, que se alinhe com a "vibe" que eu estou. 

Inclusive, fazer aqui um pequeno adendo misturado com um pedido de desculpas, fui reler a postagem publicada no blog e percebi que repeti milhões de palavras, confesso que estava um pouquinho distraída quando escrevi aquele texto mas não queria deixar de compartilhar com vocês as coisas que estavam na minha mente, então acabou que esses erros foram e tão bem visíveis lá mas a vida é feito de erros e acertos, deixemos eles lá, porém, queria fazer esse pedido de desculpas e me retratar. 

Então, depois desses recadinhos paroquiais e a confissão. Vamos para o post da semana. 


Que eu sou a louca dos link e dos podcast vocês já perceberam né? Para assumir de vez o cargo, vamos novamente falar de uma música aqui! Sairemos do eixo sul-sudeste e vamos para o norte! A indicação de hoje é da Camila Barbalho e Lívia Mendes, duas cantoras MARAVILHOSAS e nortista, paraenses. 

O nome da música é VIBRANTE, deixar o link no final e já vou botar a letra aqui embaixo:

Vibrante

Toma meu lenço aqui, limpa o seu lápis
Que borrou com esse choro que
Às vezes cai sem avisar
Sai desse quarto, vem
Há tanto pra fazer lá fora, me dá tua mão
Ninguém pode te machucar
 
Eu sei
O mundo te cortou, sangrou, eu vi
Você já não é mais quem era antes
Mas deixa o vento refrescar a cicatriz
Porque viver taí pra ser vibrante
 
Vamo sentar num bar
Calçadas guardam tanta história
Vem comigo ouvir
E rir de ver tempo passar
Gargalha alto, amor
Que o mesmo amor que te feriu vai te reconstruir
O medo não vai mais entrar
 
Eu sei
O mundo te cortou, sangrou, eu vi
Você já não é mais quem era antes
Mas deixa o vento refrescar a cicatriz
Porque viver taí pra ser vibrante
 
Talvez demore pra toda dor diluir
Mas ela já é bem menor que antes
Um passo após o outro eu vou te ver feliz
Porque viver taí pra ser vibrante


Gente do céu, que letra linda? 

É uma música que fala de solidariedade, empatia, volta por cima e mais outras trilhões de coisas e sem todo aquele negócio de positividade ou gratidão para tudo,  vamos confessar que não precisamos no meio de todo esse caos que tá o mundo tentar se obrigar a ficar bem né?

É exatamente isto que eu gosto nessa música! Ela diz para a gente refrescar nossas cicatrizes, não precisamos necessariamente esconder nossas dores, já falei diversas vezes sobre dor e marcas, acho que vocês já devem achar que tenho algum prazer secreto em falar disso, mas não é viu, gente? É somente que nossas cicatrizes são parte de quem nós somos, infelizmente ou felizmente, mas é como o Emicida canta com Pablo e Maju em Amarelo: permita que eu fale e não as minhas cicatrizes. 

Pois é, nossas cicatrizes tão aí, vamos refrescá-las, o mundo parece que quer nos fazer cada vez mais sangrar, as dores são imensas, convenhamos, basta ligar a tv ou entrar em qualquer rede social que vamos ver isso, porém, vamos voltar ao foco, que é a música Vibrante. 

Viver ta aí para ser vibrante né? Precisamos seguir sempre um passo atrás do outro, vamos sentir nossas dores, valida-las também mas lembrar sempre que a reconstrução pode acontecer, refrescar é difícil! Só queria dizer que não quero que este post cheguem em vocês no sentindo que de todas as coisas ruins podemos tirar coisas boas, seria muita irresponsabilidade da minha parte dizer isto, como eu disse, precisamos validar nossas dores mas não podemos nos resumir apenas elas, apesar de elas nos constituir, porém, como eu já disse trilhões de vezes por aqui, somos plurais  e contraditórios. Espero que vocês possam escutar essa música e sentir todas as dores diluírem e não tenham mais medo de ver as suas cicatrizes porque viver tá aí para ser vibrante APESAR de todo a loucura! Que vocês encontrem alguém para lhe oferecer um lenço, oferecer a mão e com quem possam gargalhar, e não me entendam mal.. não estou falando no sentindo de amor romântico mas sim de amizade, família e por aí vai.. 

Escutem e depois digam o que acharam. O sentindo da música pode mudar muito para cada um, já que temos nossas subjetividades, acredito que quando a Camila e a Lívia escreveram a música nunca pensaram que eu estaria aqui falando esses devaneios sobre a letra delas haha mas enfim, até semana que vem. 


Xerôooo

Nathy Pinto.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Renovação de estilo - Rosie Butcher

Hello, meus amores! 

Como vocês estão? 

Esse é um desses Instagrans que a gente acha por acaso e fica apaixonada. O estilo dela é incrível, tem um ar clássico, as vezes meio vintage. Rosie, além de fotos dela própria incríveis e cheias de estilo  (@rosieannbutcher)  também é fotógrafa (@rosiebutcherfoto)e tem um insta de fotos maravilhosas. 

Mais recentemente descobri o blog (Rosie Butcher - Blog
 e o canal do YouTube (Rosie Butcher - YouTube
 dela. E eu amei!!! Vale a pena conferir!!! 

Deixo aqui algumas fotos, retiradas do próprio insta dela... 

https://drive.google.com/uc?export=view&id=1uGlSUZSbo45x2Sgg2SKMb6y_ohxwX_dG
Foto retirada do Instagram (@rosieannbutcher)
https://drive.google.com/uc?export=view&id=1QIG58-YUgnATM6ZBhgxOw2z6MWDqhGoe
Foto retirada do Instagram (@rosieannbutcher)
https://drive.google.com/uc?export=view&id=15zTefy-dI8fJPseIQCP3Nv2W17yMI-yK
Foto retirada do Instagram (@rosieannbutcher)
https://drive.google.com/uc?export=view&id=1YiersrE5UU_JJg4OwJCa3rTm35ufxhUt
Foto retirada do Instagram (@rosieannbutcher)
https://drive.google.com/uc?export=view&id=1dVJMXQA-P8ADJ5ZYOZ8yXC_tKGVeeFv3
Foto retirada do Instagram (@rosieannbutcher)
https://drive.google.com/uc?export=view&id=1BnMgjiOuzZM8yLfshRxs4akGHv-ldbtU
Foto retirada do Instagram (@rosieannbutcher)
https://drive.google.com/uc?export=view&id=1zpK5f3TLVe-Z3fA57yEqpUXgF7lM9MSn
Foto retirada do Instagram (@rosieannbutcher)
https://drive.google.com/uc?export=view&id=1UM3UJ8JR9una_F9Ffn-z4k-pcJ8mWB2U
Foto retirada do Instagram (@rosieannbutcher)

São só algumas fotos de inspiração. Tenho percebido uma real mudança de estilo, essas escolhas mais clássicas estão cada vez mais fazendo parte do meu guarda roupa.  E então o que acharam? Aprovado? 

Beijinhos, 

BahG. 

terça-feira, 14 de julho de 2020

Resenha - Longe da árvore - Andrew Solomon

Oi, beautymores! Tudo bem? 

Toda semana eu fico sempre pensando no que dividir com vocês, confesso que é bem complicado escolher apenas uma única dica por semana. Pensei em resenhar um dos livros que terminei semana passada mas achei melhor ainda hehe 

Resolvi dividir com vocês o grande desafio com vocês, comecei a ler o livro Longe da Árvore do  Andrew Solomon. Digo desafio, pois, este livro tem mais de mil páginas, então passarei alguns meses mergulhada nessa leitura, mas antes mesmo de terminar já queria indicar, pois a temática é incrível. 
https://drive.google.com/uc?export=view&id=1R_TMKPwlagRaZ_-wIy_eGvZl-sZJqs05

Esse autor, é um jornalista que tem até mesmo outro livro publicado que aborda depressão, mas não é de sobre essa temática que falaremos hoje. 

Então, vamos lá: Longe da Árvore é um livro que busca falar sobre identidade e das relações sobre pais e filhos, o autor, entrevistou várias famílias diferentes para retratar como é para os pais e para os filhos também, ser tão diferentes um dos outros. Logo nas primeiras páginas o autor vem falando dos tipos diferentes de identidade que existe e elas são as: horizontais e verticais, não vou falar delas agora pois esse é um conteúdo para uma resenha em específico. 

Hoje quero falar da temática geral e deixar alguns link de entrevistas com o autor para despertar a curiosidade e quem sabe fazer com que vocês também topem esse desafio de ler esse livro RIQUÍSSIMO.

Pois, voltemos, o intuito do livro é mostrar que os filhos não são exatamente uma extensão de seus pais e como as "anomalias" e outros traços que formam nossas identidades e para isso o autor vai entrevistar famílias onde pais têm filhos autistas, esquizofrênicos, surdos, criminosos, anões, frutos de estupro e por aí vai..

É um livro que celebra as diferenças, aceitação, individualidade mas acima de tudo amor e rompimento de expectativas, inclusive, uma das coisas que me chamou muito a atenção é de como o autor fala que escrever este livro foi um processo de cura para ele, que depois de tantas entrevistas ele conseguiu ver e perdoar seus pais, pois nosso autor é gay, e ele conta como isso também faz parte da identidade de quem ele é. 

Enfim, vou deixar aqui um trechinho do livro e depois colocar os LINKS para vocês:

“As crianças que descrevo aqui têm condições horizontais que são estranhas a seus pais. Elas são surdas ou anãs; têm síndrome de Down, autismo, esquizofrenia, ou múltiplas deficiências graves; são prodígios; são pessoas concebidas por estupro ou que cometem crimes; são transexuais. O desgastado ditado diz que a maçã não cai longe da árvore, o que significa que uma criança se assemelha a seus progenitores; essas crianças são maçãs que caíram em outro lugar — algumas, um par de pomares de distância, outras, do outro lado do mundo. No entanto, miríades de famílias aprendem a tolerar, aceitar e, por fim, celebrar crianças que não são o que elas originalmente tinham em mente. Esse processo de transformação é com frequência facilitado e, às vezes, confundido por políticas de identidade e progressos médicos que se infiltraram nas famílias em um grau que seria inconcebível há vinte anos.” (p. 16)

LINKS:


Sério gente, peguem logo o caderninho para anotar tanta coisa importante que esse homem vai dizer. Ainda não terminei nem o primeiro capítulo deste livro direito e já virei tantas chaves na minha mente, por isso queria compartilhar logo com vocês antes mesmo de acabar a leitura, é um livro que nos faz ter mais empatia, tanto conosco como com nossa família. 
 

E aí? Gostaram? Pensando em encarar esse desafio também?

E detalhe, gente, tem um documentário sobre esse livro, SIIIM, eu tô super hiper focada nesta temática, este é um livro que nos ajudar a construir pontes e acho que isto é uma das coisas que estamos precisando bastante nestes tempos. Logo logo, devo tá trazendo muito mais reflexões sobre esse livro.

Cheiro grande, 

Nathypintoo

sábado, 11 de julho de 2020

Diário de uma futura médica nos EUA #3 Links ÚTEIS!!!

Hello, babys! Fazia tempo que não postava um pouco mais sobre esse tópico aqui, né? 

Resolvi hoje dar algumas dicas pra quem está nesse ritmo de estudo, buscando o tão sonhado match na residência médica nos EUA. 
Nesse processo de procurar saber mais sobre o assunto,  achei alguns vídeos e alguns conteúdos que me ajudaram muito e tem ajudado nesse estudo em tempos de quarentena (que por sinal não tem sido fácil!). 
Vou deixar aqui alguns vídeos e alguns links de conteúdos interessantes e necessários. 
O primeiro é desse casal mara que dá super dicas sobre a vida e sobre todo o processo para conseguir dar um check em cada passo... o canal “ à vontade” - nesse link eles tem uma playlist com todos os vídeos que explicaram maravilhosamente bem sobre o assunto, segue o link: À vontade - USMLE



Achei super didático e bem prático a forma que eles explicam tudo. Vale a pena conferir!!! 

Outro canal muito bom é o do Bruno Lima, ele também dá dicas incríveis sobre o processo. Indico super também!!! 



Pra vocês que já começaram os estudos e estão procurando links de materiais, deixo aqui alguns que encontrei nos grupões do WhatsApp e do Telegram (inclusive deixo aqui a dica pra vocês entrarem nesses grupos - eles ajudam bastante!!! - outro grupo muito bom também é esse grupo do Facebook - lá é um grande ponto de encontro de informações muito úteis sobre o processo - 


Esses são só alguns links e vídeos úteis. Decidi retornar aqui e dar essas diquinhas pra quem está nessa luta junto comigo. 
Deixo aqui boas energias para os estudos! 
Qualquer dúvida deixem nos comentários! 

Beijinhos, BahG. 
 

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Resenha: EU do Rashid - música

Oi, beautymores! Tudo bem? 

Começando uma nova semana de julho, nesse dia 7192719 de isolamento, pensei em sugerir uma música para reflexão. 


O nome da música é EU do Rashid, esse o link: https://www.youtube.com/watch?v=icngV4wB6MA

Não posso perder o costume e indicar um link ou podcast para vocês. Pois então, vou colocar aqui para vocês a letra dessa música e depois passaremos para uma "breve" reflexão. 


Preciso falar sério agora
Sério, bora
E é mais comigo do que com quem tá lá fora
Há anos eu adio essa conversa
Não é papo de primeira diss
É papo de de quem mesmo sem saber de onde começa
De primeira diz: não seja covarde
É clichê mas nunca é tarde
Boa parte da minha carreira eu tive
Medo de ser eu mesmo e ser pouco pro rap
O que eu oferecer, inseguro com as minhas rimas
Uma vez me ridicularizaram e aquilo enterrou minha autoestima
Do jeito à voz era tudo ruim
Queria ser os outros, mas eu nunca fui ninguém além de mim
Minha briga era com o espelho
Não aceitava aquilo que ali estava
Aliás, achava que o futuro que eu projetava era bom demais
Grande demais pra embalagem que me comportava
E a timidez como balaclava
Dom, amava escrever mas odiava ouvir meu próprio som
Pique o fragmentado
Espera querendo ser reconhecido mas nem eu sabia quem eu era
A Dani sabe das minhas crise eu não falo do disco
Ainda assim ela abraçou o risco
Admiro a forma que ela age, visto que ela é ela mesma
Coisa que até então eu não tinha coragem
Sinistro, então quem era nas linha se essas rima, esses disco essas ideia são minhas
Só que compondo era só eu me expondo à toa
Todo esse tempo esperando a aprovação das pessoa, mano
Nunca tive depressão, eu não brinco com isso
Essa doença é séria, tenha afinco com isso
Mas eu versus eu era ridículo
Botava fé no meu talento mas duvidava de mim como veículo
Até o lance dos palavrão que querendo ou não, devia ter um medo inconsciente da rejeição
Carai, quase bati a nave mas o rap que
Eu amo nunca foi grade, sempre foi chave
Liberdade, não agrado, nem acaso e nem atraso
A onda que não bate só no raso
Sem dom pra Shakespeare
Trouxe a real como paragem mesmo que
Até os fã ainda prefiram um personagem
Atrás de canaã feito um hebreu
Quebrei a quarta parede do outro lado era eu
Revendo que essa saga inclui
Eu já quis ser outra pessoa mas o fato é: eu nunca fui
Só eu pisei meus passos, só eu chorei meu choro na base do tomara
Sem cara, sem coro
E se vivi a bomba então é meu o estouro
Me agarrei a isso como se tivesse quatro braços igual coro
Sem meu agouro, só meu agora
Um universo aqui dentro e o planeta lá fora
A gente se adapta, não no meu cenário essa é minha metamorfose de Kafka, só que ao contrário
Queria tanto ser alguém que qualquer um tava
Valendo, mas já era eu, mesmo não reconhecendo
Parece confuso, agora imagine todo esse conflito
Na minha mente e só eu e Deus sabendo
Por muitos anos eu achei que eu não bastaria
Que tudo aquilo que me fazia ser eu,
Meu diferencial, não acrescentaria nada as pessoas
A partir daí tentei ser tudo, menos eu
Corri tanto de mim
Mas tanto que só parei quando trombei de frente com uma casca vazia
E notei que ali dentro cabia exatamente cada vontade minha, cada memória
Vi que a casca era forte o suficiente pra suportar as tempestades que de vez em quando eu costumo atravessar
Até espaço para as minhas frustrações havia lá, resolvi entrar
Eu sou a única pessoa que eu poderia ser
Quanta gente tem medo de ser si e só
Quanta gente tem medo de ser si e só
Quanta gente tem medo de ser si e só
Quanta gente tem..

A reflexão de hoje será curta, a música por si só fala muito coisa, espero que vocês escutem e possem fazer a viagem e compreender os choros e os passos que até agora foram dados. Estamos nessa busca eterna de saber quem somos e o que queremos, é difícil abraçar o universo que existe dentro de nós. Um universo que é contraditório, que tem-se também uma guerra, entre o bem e mal, não somos uma dualidade, somos mais múltiplos do que podemos imaginar, e ás vezes existe uma grande fragilidade entre ser e deixar de ser, admitir tudo isso pode causar medo mesmo. Precisamos entender quem somos, não precisamos ter medo de ser si e só, como a última estrofe da música. 

Vocês com certeza já se fizeram diversas perguntas várias vezes: quem eu sou? o que quero ser? para onde vou? e por aí vai.. pois então, essa é uma pergunta que talvez levaremos a vida inteira para responder mas a partir de hoje e desse momento de isolamento forçado em razão da situação que estamos vivendo no mundo, pare para refletir e se amar e se cuidar também, volte seus olhos para o EU.  Pegue todos os seus fragmentos e não tenha medo de SER. 

cheiro grande, 

Nathypinto.