segunda-feira, 1 de junho de 2020

Resenha - De bala em prosa - Coletânea #AllBlackLivesMatter

Oi, beautymores!
 Voltando para mais um uma nova colaboração aqui nesse blog. Levando em consideração todo o contexto político que estamos inseridos, gostaria de resenhar sobre um livro que fala sobre um assunto muito importante, qual seja: o genocídio da população negra brasileira.
O Livro é De bala em prosa, livro da editora Elefante, que se encontra gratuito. Vou colocar o link no final para todo mundo baixar o seu e-book.

A coletânea de textos começou a ser organizada como uma forma de protesto, após a morte de um músico e um catador de materiais recicláveis no Rio de Janeiro em abril de 2019, e o que ambos tinham em comum? Eram negros e foram assassinados por representantes do Estado Brasileiro. Todos os textos do referido livro são carregados de dor, de vozes que foram silenciadas por muito tempo, de pessoas que conhecem alguém que tiveram suas trajetórias interrompidas. Um dos autores, inclusive, afirma “Escrever é uma maneira de sangrar.” Acrescento: e de muito sangrar, muito e muito…”
Logo nas primeiras páginas do livro encontramos a seguinte descrição: “O Exército não matou ninguém, não. O Exército é do povo e a gente não pode acusar o povo de assassino”. Tomados pela revolta, propusemos a publicação desta coletânea para que escritoras e escritores afrodescendentes expressassem, em prosa, suas visões internas do genocídio, do qual as mortes de Evaldo e Luciano — e as reações do Estado e de seus representantes — são apenas mais um triste e doloroso capítulo.”.
Como eu disse é um livro bem denso, afinal fala de um assunto muito delicado, dolorido, que é exatamente o genocídio em caminho no Brasil, e esse projeto já tá ai em andamento há muito tempo, precisamos assumir nossas responsabilidades nessa luta.
“Aqui, a pátria amada mata os seus. O país de todas as cores e santos tem um alvo — e é um alvo preto.”
Enfim, não vou ficar aqui me alongando sobre o como esse livro é importante, são palavras doloridas, mas necessárias nesse Brasil tão hierarquizado e estruturado com racismo, fascismo e outras formas de opressão, não discutir sobre assuntos como esse não é uma opção. Cada vida negra importa.


Cheiro, NathyP

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